terça-feira, 14 de novembro de 2017

Árvore de Natal é pecado ter uma?

Com a proximidade do Natal recebi algumas perguntas de leitores do blog questionando se haveria algum problema em o cristão ter uma árvore de natal em casa, já que muitos dizem que a árvore de natal tem uma origem pagã e tê-la em casa (dizem) seria o mesmo que estar adorando a deuses pagãos da antiguidade. Segundo relatos, algumas igrejas chegam até a proibir seus fieis de terem esse ornamento em casa.
Esse tipo de tema traz muitas dúvidas na mente das pessoas, principalmente pelo fato de que a Bíblia não fala diretamente sobre eles. Muitos ficariam super tranquilizados se houvesse um décimo primeiro mandamento, dizendo: “não montarás árvores de natal em casa”. Porém não existe tal orientação na Bíblia. Assim, creio que precisemos pensar um pouco na questão para chegarmos a uma opinião madura sobre o tema.

QUAL A SUA INTENÇÃO QUANDO COLOCA UMA ÁRVORE DE NATAL EM SUA CASA?


O simples argumento de que algo foi usado por pagãos no passado não me convence de que não podemos usá-lo hoje. Isso porque os ímpios têm a capacidade de macular todo tipo de coisa em que põe a mão. Imagine, por exemplo, que os ímpios usavam o sexo (criado por Deus) em seus rituais pagãos. Então não vamos mais fazer sexo por causa dos ímpios? Os ímpios faziam cultos aos seus deuses debaixo de árvores frondosas (criadas por Deus). Não podemos então cultuar Jesus Cristo debaixo de uma bela sombra de uma árvore frondosa?

Para mim, em primeiro lugar, o que está em questão é a intenção. Com qual intenção você quer colocar uma árvore de natal em sua casa? Se houver qualquer intenção que fira algum mandamento bíblico, já está errado. Por exemplo, se você coloca essa árvore em sua casa, e com ela faz qualquer oferenda ou faz qualquer adoração que não seja ao Deus Todo Poderoso, você está pecando por isso. Se acha que ela lhe trará prosperidade, sorte e coisas do gênero, também está no caminho errado. Porém, se você usa a árvore de natal apenas como uma decoração, sem qualquer intenção direta de infringir os mandamentos do Senhor, por que estaria errado montar essa árvore em casa? Ninguém adora um deus pagão só pelo fato de ter uma árvore de natal em casa. É preciso haver a intenção de fazer isso.
Paulo trabalhou uma questão semelhante com a igreja em Corinto. Observe o que ele disse:

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Namoro Cristão – 10 dicas para saber se seu namoro ou namorado (a) é de Deus.


Será que meu namoro é de Deus? Será que Deus aprova o meu relacionamento com o fulano (a)? Estou tão em dúvida se devo ou não continuar esse namoro, se essa é a pessoa certa, pois não tenho uma resposta clara de Deus a esse respeito! Será que devo começar um namoro com aquele rapaz ou esperar outro?
Essas são algumas das dúvidas que recebo todos os dias pedindo aconselhamento. Realmente nem sempre é tão fácil sabermos, ou melhor, percebermos se aquele relacionamento é ou não da vontade de Deus. Porém, existem formas claras de avaliarmos isso sem qualquer revelação sobrenatural. Existem sinais que podem nos orientar a tomar melhores decisões sobre a nossa vida amorosa. Por isso, preparei 10 dicas que te ajudarão a avaliar se seu relacionamento ou futuro relacionamento é algo de Deus para sua vida ou não.

1-) Seu relacionamento ou parceiro te afasta de Deus?

Esse é um grande sinal a se observar. Tome muito cuidado quando conhecer alguém que, ao invés de te ajudar a crescer na presença de Deus, te guia para longe da presença de Deus. Será que Deus aprova um relacionamento com alguém que te leva para longe Dele?

2-) Seu relacionamento ou parceiro te incentiva a pecar?

Sabemos que existem muitas tentações envolvidas em um namoro e que um casal terá que vencê-las lutando bastante. Quando avaliar se seu relacionamento ou pessoa é de Deus ou não, tente avaliar se ele (a) te incentiva a pecar ou se está junto com você lutando para preservar a santidade do namoro. Uma pessoa de Deus te ajudará a se aproximar ainda mais do Pai, colaborando com a sua santidade e não te ajudando a destruí-la.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

O que significa hebreus, israelitas e judeus na Bíblia?



Essas três palavras (hebreus, israelitas e judeus) confundem muitos estudantes da Bíblia, principalmente aqueles que estão iniciando. Para compreender plenamente a mensagem bíblica é muito importante entender esses termos e saber exatamente o que significam e como surgiram.

O que significa hebreus, israelitas e judeus?

Na verdade os três termos correspondem ao mesmo povo. Hebreus, israelitas e judeus são nomes dados ao povo que na Bíblia é descrito como povo “escolhido de Deus” ou mesmo em algumas passagem “povo de Deus”. Alguns homens que conhecemos bastante fizeram parte desse povo: Abraão, Moisés, Davi e até Jesus Cristo. Bom, vamos então explicar com um pouco mais de detalhes cada uma das expressões:

Hebreus: É uma designação que foi aplicada inicialmente a Abraão e seus descendentes. Abraão foi quem deu início a esse povo. A primeira pessoa a ser chamada de hebreu na Bíblia foi o próprio Abraão. “Porém veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu…” (Gênesis 14. 13). Até o momento em que Deus mudou o nome de Jacó, filho de Isaque, esse povo (ainda pequeno) era chamado de hebreus.

Israelitas: Após o encontro de Jacó, filho de Isaque, com Deus, Este lhe mudou o nome para Israel, e a partir daí esse povo também começou a ser chamado de israelitas. Isso se deu com os descendentes dos 12 filhos de Israel (Jacó), que geraram as famosas 12 tribos de Israel. Até aqui existem dois nomes para o mesmo povo (hebreus e israelitas).

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Divórcio em caso de agressão é permitido na Bíblia?



Você pergunta: Me dói muito dizer isto, mas tenho pensado muito em me divorciar por causa das agressões que tenho sofrido dentro do casamento. Ele já me agredia com palavras alguns anos após casarmos, mas sempre relevei, orando pela conversão dele. Mas de uns tempos para cá ele tem me agredido, tem me batido, já me deixou até com o olho roxo. Algumas pessoas me dizem que o divórcio é pecado, que devo perseverar. Mas meu coração está destruído por estar com um homem que eu amei um dia e que hoje me bate. Pastor, é pecado eu me divorciar nesse caso?

Cara leitora, é muito importante que você leia o quanto antes aquilo que irei te falar abaixo. Vou te expor o que creio que a Bíblia Sagrada orienta nesse caso e peço que você reflita e seja rápida na sua tomada de decisão.

Divórcio em caso de agressão é permitido na Bíblia?

(1) O divórcio é um tema bastante discutido desde sempre. Deus fez o casamento (Gênesis 2:24), mas por causa da nossa natureza humana pecaminosa, nem todos os casamentos seguem até o famoso “até que a morte os separe”. Jesus disse que o divórcio não é do agrado de Deus, mas que Ele o permitiu por causa da dureza do coração humano: “Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio” (Mateus 19:8).

(2) A grande questão que muitos discutem é: Quais são os motivos reais que permitem um divórcio segundo a Bíblia? Não vou trabalhar esse tema de forma completa agora, pois é bastante amplo e foge um pouco da pergunta da nossa leitora, mas podemos dizer de forma resumida que alguns apontam para a existência de pelo menos dois motivos claros para divórcio na Bíblia, sendo: a traição (Marcos 10:1-12) e o abandono por parte do cônjuge descrente (1 Coríntios 7:15). Mas aí entra a questão: E a violência dentro do casamento, não é um forte motivo para um divórcio? A pessoa que sofre violência (geralmente a mulher) deve continuar sofrendo violência e permanecer casada?

(3) A resposta a essas perguntas é que a violência é sim motivo para divórcio segundo a Bíblia. Aliás, não só para o divórcio, mas também para denúncia à polícia para que a justiça tome providências. Biblicamente entendo que a violência dentro do casamento se enquadra em 1 Coríntios 7:15: “Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz”. Paulo trabalha nesse texto a possibilidade de um cônjuge incrédulo abandonar o casamento. A palavra grega traduzida por “apartar-se” é “chorizo” e significa “separar, dividir, partir, quebrar em pedaços, separar-se de, despedir-se, partir, ir embora”.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

É pecado fazer juramentos?

Você pergunta: Em Mateus 5:33-37 Jesus nos ensina a não jurar. Isso me deixou um pouco confuso, pois temos várias menções na Bíblia de servos de Deus fazendo juramentos. Inclusive, o próprio Jesus se submeteu a juramento diante do Sumo Sacerdote, quando ele o interrogou em Mateus 26:63. Minha pergunta é: É pecado fazer juramentos? Como entender essa fala de Jesus?



Caro leitor, muito interessantes as suas observações. Gostaria de pontuar algumas questões sobre esse tema, a fim de melhorarmos o nosso entendimento a respeito da mensagem que Jesus quis comunicar ali aos Seus discípulos no Sermão do Monte.

A Bíblia proíbe de fazer juramentos?

(1) Geralmente quem faz algum juramento o faz buscando dar mais peso às suas palavras, fazendo com que se acredite nelas por meio desse apelo por algo superior, sagrado. Geralmente as pessoas juram usando Deus, o céu, pessoas importantes, a vida. É muito comum algumas pessoas dizerem: “Eu juro pela minha mãe”, ou, “Eu juro por Deus”. Na época de Jesus já se usava juramentos desse tipo, era muito comum, até mais do que hoje, já que até mesmo alguns negócios eram fechados na base do juramento. Por exemplo, José do Egito fez o povo jurar que depois de sua morte seus ossos fossem levados à terra prometida (Gênesis 50:25). E o juramento tinha tanto peso que, mesmo mais de 400 anos depois, esses ossos foram transportados até chegar lá (Êxodo 13:19; Josué 24:32). Ou seja, o juramento era algo muito comum na cultura judaica.

(2) Jesus não parece estar proibindo todo tipo de juramento. Como mencionado, o próprio Jesus esteve sob juramento em seu depoimento ao sumo sacerdote (Mateus 26:63). O próprio Paulo usa esse expediente em Romanos 1:9, onde toma Deus como testemunha de seus esforços de oração pelos crentes. E, por fim, até o próprio Deus usou de juramento para mostrar a seriedade de Suas promessas (Hebreus 6:17). Logo, não me parece que todo tipo de juramento esteja sendo proibido por Jesus ou que haja pecado em todo tipo de juramento.

(3) A leitura do contexto parece nos indicar que Jesus condenou um tipo de juramento usado pelas pessoas para serem mais confiáveis. Ou seja, sem o juramento, a palavra da pessoa não tinha valor. Isso indica pessoas que usavam da mentira, da injustiça e de outros pecados em sua vida cotidiana, mas, quando precisavam que alguém confiassem nelas para algum fim específico, precisavam usar a força de algum juramento por Deus, por Jerusalém, por sua própria vida para que fossem levadas a sério. Ou seja, eram hipócritas. Jesus condena esse tipo específico de juramento. Jesus condena a atitude daqueles que precisavam jurar para serem confiáveis ou que manipulam os juramentos para serem favorecidos de alguma forma. Sem estarem sob juramento não eram corretos e justos. Isso não convém ao servo de Deus.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

A Bíblia diz que vamos nos reconhecer no céu?

Você Pergunta: Perdi meu pai há alguns meses e uma dúvida que tenho em meu coração é se quando eu morrer e encontrá-lo no céu se vou reconhecê-lo, se ele vai saber quem eu sou. Isso me deixa muito apreensiva, pois gostaria muito de poder rever meu pai algum dia. O que a Bíblia nos ensina sobre essa questão, vamos ou não vamos nos reconhecer no céu?



Cara leitora, já recebi muitas vezes essa pergunta bem curiosa e, dessa vez, resolvi montar um estudo bíblico, buscando analisar o que a Bíblia nos traz de orientações sobre isso.

Vamos nos reconhecer no céu?

(1) A Bíblia fala bastante sobre a vida eterna, sobre o céu, porém não nos dá muitos detalhes a respeito dos pormenores de como será essa nossa vida do outro lado e de que tipo de transformações iremos passar para viver essa vida. Porém, creio que temos elementos suficientes para afirmar algumas verdades a respeito tanto da vida no céu quanto a vida no inferno.

(2) Alguns afirmam ser impossível que nos reconheçamos no céu, baseados no texto de Apocalipse 21:4: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. Segundo eles, o fato de nos reconhecermos levaria ao céu dores que a Bíblia afirma não poderem entrar ali. Além disso, a percepção de que algumas pessoas que conhecemos e amamos não estão ali, mas no inferno, também traria dores, pranto e outras questões que não teriam lugar no céu segundo o texto de Apocalipse.

(3) Em minha visão iremos sim nos reconhecer no céu. Explico porquê. Primeiramente, analisando o texto de Apocalipse 21:4 observamos que ele está fazendo referência a nova realidade que será vivida no céu. Dessa forma, não podemos analisar a nova realidade com base na velha realidade. Observando a Bíblia verificamos que seremos transformados (1 Coríntios 15:53-54). Ou seja, haverá uma transformação tanto da nossa realidade quanto de nosso corpo. Essa transformação realizada por Deus em cada um, certamente é para vivermos a nova realidade do céu. Em minha visão, isso indica que a forma com que vamos encarar as coisas não será mais como quando estávamos em nosso corpo carnal (imperfeito), mas, agora, de uma forma melhor, no corpo espiritual. Isso, com certeza, nos ajudará a encarar da forma como Deus deseja as realidades tanto de reconhecer pessoas no céu quanto de conseguir lidar com o fato de alguns não terem ido para lá.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Por que os evangélicos não fazem missa de sétimo dia?

Você pergunta: Eu era católico, confesso que não era muito praticante. Mas sempre fui, quando possível, em missas de sétimo dia de pessoas falecidas, eu gostava muito. Quando me converti há dois anos achei bem estranho que os evangélicos não fazem missa de sétimo dia e lidam com a morte de uma forma um pouco diferente. Minha dúvida é: por que os evangélicos não fazem missa de sétimo dia para as pessoas falecidas? Isso não é algo bíblico?



Caro leitor, antes de te responder porque os evangélicos não têm esse costume de fazer missa de sétimo dia, é importante saber exatamente o que é essa missa e por que os católicos a realizam.

Por que os evangélicos não fazem missa de sétimo dia?

(1) Segundo o livro A fé Católica – Perguntas e respostas – de Diogo Luis Fuitem – nas páginas de 63 a 66: “Na ocasião do sepultamento da pessoa falecida, a comunidade reunida realizava as exéquias, isto é, fazia as orações que celebravam a esperança cristã na vida eterna, proclamavam a ressurreição de Jesus Cristo, pediam pela passagem do falecido ao céu e serviam de conforto para os parentes enlutados. O ponto central das exéquias era a Santa Missa. O Catecismo da Igreja Católica, no número 1689, considera a Eucaristia “o coração da realidade pascal da morte cristã”. E, repetindo as palavras do ritual de exéquias, diz: “Na Eucaristia, a Igreja expressa sua comunhão eficaz com o finado. Oferecendo ao Pai, no Espírito Santo, o sacrifício da morte e ressurreição de Cristo, ela pede para que o fiel falecido seja purificado de seus pecados e de suas consequências e seja admitido à plenitude pascal do Banquete do Reino”.

(2) Evidentemente, analisando o objetivo central da missa de sétimo dia, que é pedir a Deus que o falecido seja purificado de seus pecados e consequências e seja admitido ao céu, verificamos que essa atitude não tem qualquer embasamento bíblico. Na Bíblia, não encontramos respaldo para afirmar que uma pessoa pode conseguir o perdão do pecado de outra pedindo por ela a Deus, e nem que uma pessoa possa ser salva após estar morta, caso seja realizada por ela missa de sétimo dia. O arrependimento é algo pessoal e realizado em vida: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1:9). E a salvação também acontece em vida e, em hipótese alguma, encontramos na Bíblia menção de que uma pessoa possa ser salva após a sua morte através de petições de vivos. O que a Bíblia afirma é que após morrermos já sofremos o juízo: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9:27). Esse juízo sela o destino eterno da pessoa, não havendo mais possibilidade de segundas chances após a morte.
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